sábado, 28 de março de 2009

Ana Isaura...

Desde sempre sinto que o tempo de mãe passa muito rápido. Que os filhos crescem e vão embora.
Mas é muito mais rápido quando se chega à adolescência.

Dei-me conta este final de semana.
Ana Isaura foi passar o final de semana na casa de uma amiga, junto com mais outras adolescentes. (Me lembro disso na minha época: era muito bom).
Enfim, arrumar a mochila e IR. Felicidade total.
Tudo bem normal, até que a noite vou sair para tomar um vinho (mãe também precisa relaxar), tomo minha ducha e vou me arrumar.
Maquiagens???????
Não estavam lá, principalmente as que mais gosto.
Ai bateu: Ela cresceu.
Ana Isaura CRESCEU!

A relação de mãe e filha é feita de alma e não de sangue. É muito mais que TUDO.
Me veio na lembrança minha adolescência, todas minhas duvidas, minhas mudanças, minhas inquietações.
Muitos dizem que a adolescência é a pior fase da vida de uma pessoa. Costumam até chamar de "Aborrecência", mas agora sendo mãe e vendo esta fase linda caio em outro “lugar comum” e acho que minha filha é uma "Anjolescente". Ponto.
Como é bom. Que energia. Que amor ela tem. É um vulcão em tudo que faz.

Uma espinha que aparece em meio calada da noite se torna pela manhã um problema do tamanho do planeta.
AI - Como posso ir a escola com esta espinha?
EU - Espinha, que espinha. Não estou vendo.
AI - Como assim Mãe. Aqui: ENORME.

Aparência é mesmo TUDO nesta fase. E tem que ser.

Vejo minha filha já começando a rejeitar alguns valores meus, começando estabelecer seus próprios limites, andando depressa e devagar ao mesmo tempo.
Sinto que este processo chegou muito cedo para ela, talvez por tudo que ela já viveu. Não sei se é bom ou é ruim, sei que estou acompanhando.
Esta busca da própria identidade é um passo necessário, mas assusta.
Tento entender que às vezes a rebeldia adolescente que a invade é normal e vai ajudá-la a ter uma vida adulta madura.

AMOR REBELDIA AMOR REBELDIA AMOR REBELDIA AMOR REBELDIA SONHOS SONHOS SONHOS SONHOS SONHOS SONHOS SONHOS SONHOS SONHOS

Nossa relação hoje está, fluída e espontânea: escutamos, falamos, divertimos, desentendemos. É como se tivesse sido acrescentada uma sintonia especial na relação.
Veio e FICOU.

Nana cresceu e muito neste último ano. De todas as formas.
Tenho consciência de que ela não me conta, nem me contará nunca tudo, mas existe uma grande cumplicidade entre nós.
Não somos as melhores amigas: somos mãe e filha e com muito amor, confiança e harmonia.
Sou uma mãe meio careta e não acho ruim, mesmo sabendo que tem horas que ela tem vontade de me esganar.

Tenho confiança na Nana.
Pode ser cedo para dizer isto. Mas vejo-a trilhando um caminho muito positivo.
A verdade é que continuo a deliciar-me com as suas conversas, com as suas confissões, com as suas piadas, com a sua alegria.

Ana Isaura: TE AMO INFINITO E ALEM!
Obrigada por me ensinar tanto e me fazer tão, tão FELIZ!

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