quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Tens razão Cau

"A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero respostas, quero meu avesso.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos...
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice! Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é um ilusão imbecil e estéril."
(Oscar Wilde)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Veio por e-mail...


Havia passado o dia inteiro com sua mãe, numa grande loja.
Essa bela ruiva, com rosto sardento, clara imagem da inocência, não devia ter mais do que 6 anos.
Quando se dispunham a abandonar a loja, estava chovendo canivetes. Aquela chuva que de tão forte, você consegue ver a distância entre um pingo e o outro… nem sequer consegue ver quando cai no chão…
Todos ficamos em frente à porta, protegidos da chuva. Estavamos aguardando, alguns pacientemente, e outros irritados porque a natureza estava estragando a sua pressa rotineira.
Sempre gostei de chuva. Fico olhando para os céus, lavando a sujeira e a poeira deste mundo. E ao mesmo tempo, as lembranças da infância correndo embaixo da chuva, são bem-vindas como um jeito de aliviar todas as minhas preocupações.
A voz dessa pequena era tão doce que me tirou da minha hipnose com esta inocente frase:“Mamãe, vamos correr na chuva!”.
“Mamãe, vamos correr na chuva!”.
“Sim, mamãe… Mamãe, vamos correr na chuva! “.
“Não querida… Vamos esperar que a chuva pare”,Respondeu a mãe pacientemente…
A menina aguardou mais um minuto e repetiu:“Mamãe, vamos correr na chuva!”
E a mãe disse:“Mas se o fizermos vamos ficar encharcadas…”
“Não mamãe, não vamos nos molhar. Não foi isso que você disse hoje ao papai…”Foi a resposta da menina, enquanto falava segurando no braço da mãe…
“Nesta manhã? Quando eu disse que podemos correr na chuva e não nos molharmos?
“Você não se lembra?Quando você falou com o papai sobre o câncer dele, você disse que se Deus faz com que possamos passar através disso, podemos atravessar qualquer coisa”.
Todos ficamos em silêncio absoluto. Eu juro que não se ouvia nada além da chuva. Ficamos em pé, silenciosamente. Ninguém entrou nem saiu da loja nos minutos que se seguiram.
A mãe parou para pensar por um momento sobre o que deveria responder. Esse era um momento crucial na vida daquela garotinha, um momento em que a inocência e a confiança podiam ser motivadas, para que no futuro pudessem florescer numa fé inabalável…
“Meu amor, você tem razão. Vamos correr na chuva. E se Deus permite que fiquemos encharcadas, pode ser que Ele saiba que precisamos duma lavadinha”…
E saíram correndo…
Todos nós ficamos olhando para elas, rindo enquanto iam correndo pelo estacionamento, pisando em todas as poças d’água.É claro que ficaram encharcadas, mas não foram as únicas…
Alguns as seguiram, rindo como crianças, enquanto iam até os seus carros.
É verdade, eu também corri. E também é verdade que fiquei encharcada… certamente Deus achou que eu precisava de uma lavadinha.
As circunstâncias ou as pessoas podem nos tirar as nossas posses materiais, podem levar o nosso dinheiro, e podem levar a nossa saúde. Mas ninguém pode nos tirar as posses mais valiosas: as internas.

Uma lavadinha às vezes é necessária...
Autor desconhecido

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Obrigada Batiza



Com licença poética

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
Cargo muito pesado pra mulher,
esta espécie ainda envergonhada.
Aceito os subterfúgios que me cabem,
sem precisar mentir.
Não sou feia que não possa casar,
acho o Rio de Janeiro uma beleza e
ora sim, ora não, creio em parto sem dor.
Mas o que sinto escrevo.
Cumpro a sina.
Inauguro linhagens,
fundo reinos— dor não é amargura.
Minha tristeza não tem pedigree,
já a minha vontade de alegria,
sua raiz vai ao meu mil avô.
Vai ser coxo na vida é maldição pra homem.
Mulher é desdobrável. Eu sou.


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

...


Passei dois dias de minha semana em um seminário, com pesquisadores, acadêmicos, estudiosos e uns loucos, como eu.
Apresentações extensas, discussões, divulgação de pesquisas e mais: muito mais.
Idéias inovadoras (?), visão a longo prazo e mais apresentações, discussões e divulgação de pesquisas.
Chegar a um plano de trabalho concreto __________________________
Longo caminho.
Enfim, passei todo esse tempo com grandes cifras: não se fala em MI, mas sim em BI e TRI. Tudo com muita intimidade.
Lá pelas tantas lembrei uma historia e conclui algo a partir dela:
...Estava sentado no alto de um morro um “pesquisador”, olhando com seu binóculo ao longe.
De repente passa um elefante voando da direita para esquerda.
O “ pesquisador” continua lá, observando e
De repente passa um segundo elefante voando da direita para a esquerda.
Lá do alto, munido de seu binóculo, está o “ pesquisador”.
De repente passa um terceiro elefante voando da direita para esquerda.
Qual a conclusão?
?
?
?
Elefante não voa( bem às vezes o Dumbo, mas é historinha)
Conclusão do “pesquisador”:
Se todos estão indo da direita para esquerda, eles devem estar fazendo um ninho lá.
...

Pode até ser, mas ficou pra mim que a distancia e a demora dos resultados das pesquisas para virar algo concreto esta ENORME



quinta-feira, 10 de setembro de 2009


... Ainda não estamos habituados com o mundo.

Nascer é muito comprido. ...

Murilo Mendes

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Creio nisso

Mesmo sem naus e sem rumos,
Mesmo sem vagas e areias,
Há sempre um copo de mar
para um homem navegar.
Jorge de Lima

terça-feira, 1 de setembro de 2009