IMPRESCINDÍVEL!

Pra finalizar um mês tão longo, coloco aqui a minha lista de "Imprescindíveis". Claro faltam ainda muitas coisas que virão e outras que irão, mas agora aí estão:

Rir de si mesma
Convidar para um chá
Vento no rosto
Sábado sem carro
Perfumes
Beijar
E também abraçar.

Fazer um bolo quentinho
Andar descalço na grama
Um banho de chuva
Sabonete cheiroso
Fazer uma boa ação
Cozinhar sempre
Brincar com meu cão

Conchilhar
Olhar no espelho e observar as rugas
Abrir a janela
Filme em casa
Comprar pela internet
Escrever uma carta
Fechar a torneira enquanto escova os dentes

Roupas à base de algodão
Meditar Calmar
Férias, férias, férias
Proteger a pele
Tirar as fotos do armário
Tempo livre para a leitura
Ouvir música

Ir mais longe
Dar bom-dia
Revisitar o guarda-roupa
Uma linda luminária
Aromatizar o ambiente
Conectar-se com o mundo
Usar um anel lindo e enorme

Olhar para as estrelas
Economizar energia
Namorar a lua (o Luo)
Deliciar-se com minha filha
Deitar numa rede
Aprender a saudar o sol
Comprar flores para você mesma

Consertar os objetos quebrados
Ter fé
Colocar-se no lugar do outro
Experimentar um novo sabor
Calibrar os pneus
Fazer um check-up
Mentalizar sempre o melhor

Ceder a um desejo
Pedir desculpas
Tomar uma sopa em dia frio
Doar o que a gente não quer mais
Ir à feira
Cantar
Economizar papel

Dar passagem no trânsito
Dar conforto para seus pés
Sorrir
Andar por aí fotografando tuuuuuudo
Ligar o som
Dançar
Desligar o despertador e dormir à vontade
Adotar uma caneca

Café feito na hora
Alongar-se

Dizer “eu te amo”

Viver a GOTA!

"Bons Fluidos" sempre

COMPUTEIROS

COMPUTEIROS
Adoro essa palavra – Salve Rodrigo, Geraldo e Cau!

Lógica – Intuição

Sou da Humanas e da Intuição.
Há um tempo atrás um amigo querido, Dido me encheu os olhos com um livro: Gödel, Escher e Bach.
Dido é alucinado com matemática e um TI de carteirinha. Para ter noção do tanto que gosta, conto uma breve historinha:
Um dia depois de um bom jantar e um bom vinho ele fez a seguinte declaração: Número Primo é a única maravilha do mundo!
Fiquei sem entender, pra mim isto tudo é muito distante.
Bem, mas fui lá eu com um livro enorme debaixo do braço e com alguns conselhos para a leitura.
Primeiro contato e: Sem chance não vou ler isto, não é pra mim.
Mas claro como boa escorpiana que sou, resolvi dar mais uma chance ao livro.
Enfim, enlouqueci em todos os sentidos: fases de adorar, fases de não entender nada, fases de desistir, fases de encantar.
Li e fiquei feliz! Ainda tenho na minha cabeceira, não por amor, mas realmente é um ótimo livro.
Isto faz um tempo! Comecei olhar com outros olhos as pessoas que trabalham dom exatas, lógica e de repente, estou eu agora adorando tomar cervejas com uma turma totalmente TI.
Ontem surgiu esta conversa em minha casa e fiquei pensando o porquê achava que estas pessoas eram diferentes. Será preconceito, será preguiça de entender outro mundo, será, será será? Muitos eram os questionamentos e uma frase de um amigo fez o link:
Computação é exatas, lógica e intuição....
Acendeu uma lampadinha na minha cabeça: a Gota está em tudo.
Mas de verdade o que observo é que estas pessoas em especial as que tenho contato e que algumas me são bastante queridas, são realmente COMPUTEIRAS.
Cena:
Varias pessoas, vinhos, delicias de comer, boa musica e ...
Dois computeiros juntos: laptop’s abertos. Pronto
Estação de trabalho, equipe preparada e linguagem incompreensível.
Foto para creditar as palavras. Hehehe
Mas esse povo louco é muito querido.
Estou adorando entrar um pouquinho neste mundo.

Domingo deliciosamente nublado e chuvoso...

Domingo deliciosamente nublado e chuvoso...

A vontade era de não tirar a roupa de dormir e dar cabo do dia com ela. Escutando musica e o gostoso barulho da chuva.
Mas, não são compromissos e sim carinhos que tem que ser retribuídos me fizeram agir diferente: fui almoçar com meu querido pai.
Ele está muito bem. GAD
Voltamos para casa e Nana e eu começamos buscar receitas e para convidar amigos para jantar.
Dia 29 de Março. Tradição é tradição: Nhoques
Fizemos pães: muito simples, mas como todas as coisas simples, com um gosto delicioso.
Adoro cozinhar com a Nana. É muita cumplicidade.
Bem, o momento família foi somente com o pão, porque para preparação do nhoque os amigos vieram. Cau se mostrou uma "bruxa" perfeita na cozinha. Boas mãos.
Não preciso falar muito mais, algumas fotos para ilustrar.
Bons vinhos, pedidos feitos, amigos e assim finalizamos um domingo.

Eurico

" na noite escura que me assusta
no chão sem teto que me escondo
quero ver você chegando
sorrindo, e dizendo que me ama;

mas como todas as coisas reais,
a noite também passa,
e outra vez me sinto só;
me sinto assustado;
é o vazio da noite que chega...
outra vez!"
Eurico Antonio Moura

Irmão Querido,
Você nunca foi...
Sinto você aqui dentro, pulsando, amando, cuidando.
Te amo

Ana Isaura...

Desde sempre sinto que o tempo de mãe passa muito rápido. Que os filhos crescem e vão embora.
Mas é muito mais rápido quando se chega à adolescência.

Dei-me conta este final de semana.
Ana Isaura foi passar o final de semana na casa de uma amiga, junto com mais outras adolescentes. (Me lembro disso na minha época: era muito bom).
Enfim, arrumar a mochila e IR. Felicidade total.
Tudo bem normal, até que a noite vou sair para tomar um vinho (mãe também precisa relaxar), tomo minha ducha e vou me arrumar.
Maquiagens???????
Não estavam lá, principalmente as que mais gosto.
Ai bateu: Ela cresceu.
Ana Isaura CRESCEU!

A relação de mãe e filha é feita de alma e não de sangue. É muito mais que TUDO.
Me veio na lembrança minha adolescência, todas minhas duvidas, minhas mudanças, minhas inquietações.
Muitos dizem que a adolescência é a pior fase da vida de uma pessoa. Costumam até chamar de "Aborrecência", mas agora sendo mãe e vendo esta fase linda caio em outro “lugar comum” e acho que minha filha é uma "Anjolescente". Ponto.
Como é bom. Que energia. Que amor ela tem. É um vulcão em tudo que faz.

Uma espinha que aparece em meio calada da noite se torna pela manhã um problema do tamanho do planeta.
AI - Como posso ir a escola com esta espinha?
EU - Espinha, que espinha. Não estou vendo.
AI - Como assim Mãe. Aqui: ENORME.

Aparência é mesmo TUDO nesta fase. E tem que ser.

Vejo minha filha já começando a rejeitar alguns valores meus, começando estabelecer seus próprios limites, andando depressa e devagar ao mesmo tempo.
Sinto que este processo chegou muito cedo para ela, talvez por tudo que ela já viveu. Não sei se é bom ou é ruim, sei que estou acompanhando.
Esta busca da própria identidade é um passo necessário, mas assusta.
Tento entender que às vezes a rebeldia adolescente que a invade é normal e vai ajudá-la a ter uma vida adulta madura.

AMOR REBELDIA AMOR REBELDIA AMOR REBELDIA AMOR REBELDIA SONHOS SONHOS SONHOS SONHOS SONHOS SONHOS SONHOS SONHOS SONHOS

Nossa relação hoje está, fluída e espontânea: escutamos, falamos, divertimos, desentendemos. É como se tivesse sido acrescentada uma sintonia especial na relação.
Veio e FICOU.

Nana cresceu e muito neste último ano. De todas as formas.
Tenho consciência de que ela não me conta, nem me contará nunca tudo, mas existe uma grande cumplicidade entre nós.
Não somos as melhores amigas: somos mãe e filha e com muito amor, confiança e harmonia.
Sou uma mãe meio careta e não acho ruim, mesmo sabendo que tem horas que ela tem vontade de me esganar.

Tenho confiança na Nana.
Pode ser cedo para dizer isto. Mas vejo-a trilhando um caminho muito positivo.
A verdade é que continuo a deliciar-me com as suas conversas, com as suas confissões, com as suas piadas, com a sua alegria.

Ana Isaura: TE AMO INFINITO E ALEM!
Obrigada por me ensinar tanto e me fazer tão, tão FELIZ!

Pra onde vão os dias quando terminam?

Pra onde vão os dias quando terminam?

Todos os dias eu prometo que vou acordar mais cedo.
Resolver o que anda pendente, arrumar o que precisa, organizar minha vida financeira, fazer ginástica e me conformar com o que não tem mais solução.
Ligar para pessoas que amo, segurar a impulsividade, baixar o tom de voz, ter um pouco mais de paciência.
Só sorrir para quem eu tiver vontade, ignorar todo mundo que eu quiser, resolver o que anda me machucando o coração e arranhando a alma, deixar de ser tão rígida comigo mesma, de ser cruel com minhas vontades. soltar o grito só na hora certa.

A GOTA está mais dentro do pensamos.

Os outros dias que terminam, não sei pra onde vão, mas este vai pro fundo de um coração:
FELIZ ANIVERSARIO!

Apague a Luz!

Vou sair agora para almoçar com meu amigo, mas não poderia deixar de dar o recado:

Apague a Luz no sábado.

Vamos lá!

Convite para o Almoço...

Almoçar hoje? OK! Te encontro lá.

Beijos

Lanja, minha Anja

Sol sem protetor.
Tempestade sem guarda-chuva.
Bolo sem café.
Texto sem pontuação.
Sapo sem pular.
Nem toda a legião de família e amigos dá conta.

Mas de repente existe LANJA.
E a Lanja dá!
Lanja minha Anja!

Como são construídas as relações afetivas e de GRANDE dependência.
Chegou à minha casa há dois anos, vinda do interior de Minas (nada de novo) e com uma prima completamente falante. Veio candidatar a vaga de minha assistente.
No principio da entrevista achei que a candidata era a prima, só ela respondia e tagarelava. Mas chegando pro fim da tal conversa a prima diz:
-Ok! A Elizangela vai ficar.
Susto total e uma pontada de decepção. Mais uma vez a escolha da assistente vai ser um fiasco.
Já tinha colocado até o São Benedito em cima da geladeira de costas para o mundo. Com muita certeza ouvi isto de mais de 2 pessoas: porque não acreditar e testar?

Então a segunda feira chega e com ela toda minha angustia: minha filha querida saindo para escola, eu tentando manter meu coração pelo menos um pouco tranqüilo e Elizangela chegando.
Isto aconteceu até aquela data pelo menos umas 9 vezes.
Tinha motivo para este pequeno momento de terror.

Interfone gritando, meu café bem mais forte que o normal e:
- Quem é?
- Elizangela ( quase inaudível)
- Abriu?
- Sim
Quase uma eternidade o tempo do “Sim” para a chegada até a porta.
Dentro de mim o DESISTA insistia.
- Bom dia, vamos entrar. Seja bem vinda. Aqui é seu quarto. Aqui é uma casa super tranqüila. Bla bla bla .
Este discurso estava quase decorado.
Elizangela me olhava e eu sem querer nem um contato, pois eu tinha certeza que ela só ficaria o tempo de por ordem em casa ( que imaginei ser muito, não pela bagunça, mas pela vagareza da moça) e depois sem maiores envolvimentos a frase surgiria.
– Não deu certo, enfim, espero que você seja feliz.
Acerto de contas e vamos partir para outra.

Imaginem agora: Lanja, Minha ANJA!
Sem ela, minha vida hoje é um caos. Tenho por ela um carinho super especial.
Sempre com seu jeitinho tranqüilo, seu andar calmo e sua voz bem baixa.
Sempre assertiva e com boas respostas para vida.
Sou privilegiada de partilhar com ela momentos de minha vida.
Admiro muito esta Anja.

Alz Alz Alz Alz...

Hoje o que escrevo é reflexo direto do que vivi no final de semana.
Uma família vivendo a tristeza de ver um ente querido com Alzheimer.
Tudo fica muito no limite. Você tem que aceitar o fato e também entrar em historias que não são reais.
É um sonho meio estranho.

Sem entrar em questões da medicina, que não sei nada e desde muito optei por não saber, estou pesquisando muito, formas de cuidar de pessoas com Alzheimer e descobri que dentro da medicina, deste mal os médicos sabem muito.
A doença se caracteriza de forma muito parecida em todos os que a tem.
Mas eu fico me perguntando: o que faz com que este cérebro, estes neurônios façam toda essa bagunça?
Sabe-se muito de como a doença desenvolve, mas muito pouco do porque ela se manifesta.
Pontos como:
Idade, Genética até escolaridade já entraram neste rol.
Mas nada concreto.

Saí deste final de semana com muitas incertezas:
Será que esta não é uma demência muito lúcida, que seguramos durante toda uma vida, por razoes sociais?
Será que essa demência não é a porta da liberdade?
Sem amarras, sem limites, sem estruturas pré concebidas.

Tenho consciência que ainda estou no inicio desta caminhada de convivência com a Doença de Alzheimer, mas mesmo no inicio já tenho algumas certezas:
Paciência Paciência Paciência
Calma Calma Calma
Força Força Força
E MUITO, MUITO AMOR.

Cabo Verde

Eterno Pantera!
Salve Mayra!

Haja hoje,
Para tanto ontem.
Paulo Leminski

Assim começou...

Assim começou a existir este espaço:

Frases ouvidas, comentários feitos e eu cada vez mais perplexa.
Como é difícil a vida. Caminhar entre as chamas ardentes da ideologia "sem preconceitos". Mais fácil seria falar o que todo mundo acha "legal" e "normal".
Vivo enfrentando o “mal do século”. Acordando cedo todo dia, falando com dezenas de pessoas de todas as idades, encarando os impasses e angústias de seres humanos sem abraçar teorias falsas de “um mundo melhor”.

O homem faz o que pode para fugir da obscuridade da vida.
Deu vontade de escrever, faço isso com lápis e papel: sempre. Agora aqui estou eu questionando e agindo: porque não me atualizar e escrever aqui neste mundo virtual.

Escutei algo esta semana, que primeiro me deixou deprimida, o que me fez pensar e pensei...
-" Sou muito bem casado"
-" Você pode não acreditar, mas existem casamentos que dão certo"

Loucura! Quase que um troféu que poucos podem ganhar: um casamento feliz!

Depois de uma boa Stella Artois, uma boa e reconfortante conversa com uma amiga querida (que nesta hora é fundamental), uma boa comida feitas pelas mãos desta bruxa da cozinha, cheguei a conclusão que:
TODO CASAMENTO DÁ CERTO!

A quantidade de tempo não define o "dar certo" ou "dar errado".
19 anos, 1 mês, 6 anos, 58 anos casados:
Deu certo.

Deu certo enquanto existiu.
Deu certo enquanto se conversava.
Deu certo enquanto faziam ou não filhos.
Deu certo enquanto riam juntos.
Deu certo enquanto muitas coisas.
O ser humano hoje vive nos ares do mundo moderno sem largar as correntes do mundo arcaico, racista, paternalista, castrativo e preconceituoso. Acho até que posso fazer um paralelo com a questão dos "Direitos Humanos":
Não seriam os direitos humanos uma invenção européia?
É justo aplicá-los a todos?
E se uma cultura se sentir ofendida com tais direitos?
O certo não seria dar às culturas o direito de recusar os direitos que agridem sua integridade?

Quero continuar a ouvir, a sorrir, a emocionar e a contestar.
Todos tem o direito de falar o que pensam, sentem.

Inclusive nós...